sábado, 8 de agosto de 2009

O que vende mais? Playboys ou Filmes nacionais?

A fama, em geral, pode ser bem bacana: ser reconhecido na rua, tirarem fotos com você, falarem que você é foda. Sim, isto é muito legal, entrementes há diversos tipos de celebridades: os famosos miojo (instantâneos) e os que são famosos pelo simples fato de serem bons no que fazem (não estou desmerecendo o fato de aparecer em um Big Brother da vida e posar nua em uma revista masculina. Mentira, estou sim.). Por exemplo, a Fernanda Montenegro; ela não precisa trocar de marido a cada semana para aparecer na mídia, ela não precisa fazer reconstrução do hímen para satisfazer o maridão e de quebra aparecer no superpop! Então, por que diabos esta pessoa é famosa? Pelo “simples” fato de quase ter ganhado um Oscar de melhor atriz, isso é um feito histórico para o cinema nacional.
Aquela atriz que ganhou o festival de Cannes como melhor atriz no filme “Linha de Passe” mereceu este Prêmio, mas tinham personagens melhores naquele enredo; qualquer um dos filhos dela merecia o devido respeito da crítica especializada. Sabe de uma coisa interessante e talvez até irônica? Quem é o diretor e um dos atores de Central do Brasil e Linha de Passe? Walter Salles é a resposta, assim como Vinícius de Oliveira- sim, o menino que vê sua mãe ser atropelada no filme “Central do Brasil”- adivinhem as categorias que estes dois filmes concorreram? Melhor filme e melhor atriz, entretanto foram em festivais diferentes.
O que me faz pensar em uma coisa, será que os filmes brasileiros “bons para estrangeiros verem” são aqueles que apenas retratam a nossa pobreza e histórias de batalha na vida? Será que nunca deixaremos de fazer aquilo de Guimarães Rosa já fazia no Regionalismo Moderno, assim como Glaúber Rocha fez no Cinema Novo?
Somos um povo criativo, mas parece que só podemos fazer isso, ou aquelas comédias- ora românticas- com artistas globais. Eu acho trágico que pessoas se surpreendam com o filme “Cidade de Deus”, muitas das coisas que lá estão passam no Jornal Nacional em horário Nobre! Chegamos a um ponto que a violência e a pobreza são banais na TV ou nos jornais; isso também está acontecendo no cinema nacional e internacional até (Quem quer ser um milionário está aí para provar que mostrar pobreza vende).
Acabei fugindo um pouco do tema fama, mas creio que este texto ia parecer uma coluna de fofocas, logo foi apenas uma faísca para o resto do texto...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Niilismo por acaso

Podre, oco, subversivo
Vamos quebrá-los
Como se faz com os ídolos
Reacionários putréficos

Limpeza do Sistema
Revolução é o caralho!
Foda-se o caos!
Dane-se o dinheiro!

Deitar-nos-emos em silêncio
Seres minúsculos
Tornar-nos-ão podres
Onde findaremos como
Organismos no real sentido,
De seu termo.